quarta-feira, 25 de abril de 2012

Contos de outrora para os jovens de agora



Uma de minhas alunas precisava estudar para um debate sobre o livro Contos de outrora para os jovens de agora. Não achei  muita coisa na net, assim, peguei algumas coisas do livro, outras da internet e montei uma pequena reflexão sobre. Claro que deve ser adaptado às necessidades de cada um. Não fala dos contos em si, isso farei mais para frente, mas uma geral do livro. Segue também o link do livro completo, que está disponível na internet.


O livro foi escrito por Rosane Pamplona que é professora, formada em Letras pela USP e contadora de histórias. Ela nasceu em São Paulo, em 1954 e começou a contar histórias aos 8 anos de idade. Provavelmente escreveu esse livro por adorar ouvir e recontar histórias que seus avós e outras pessoas mais velhas contavam.
Esse livro, como o próprio título diz, é uma coleção de histórias curtas (contos e fábulas) antigos, mas que nem por isso se perderam. Foram preservados pelas histórias passadas oralmente de geração em geração. Essas histórias, como a Rosane mesmo fala, podem ter séculos e até mesmo milênios, como a primeira fábula do livro que pode ter surgido antes mesmo de Buda (mestre religioso fundador do budismo), que nasceu 500 anos antes de cristo!  É um livro pequeno, que se pode levar pra qualquer lugar. Possui apenas 69 páginas em que estão dispostos 25 contos (ou fábulas).
É preciso, antes de ler o livro, saber o que é conto e fábula. Conto e fábula têm como características principais a concisão (breve), a precisão (certeiro), a densidade (poucas páginas), um só conflito, um só drama, uma só ação no espaço e no tempo,  e deve surtir no leitor uma unidade de efeito ou impressão total. A fábula ainda tem a característica da moral e o fato de coisas e animais serem pensantes e ter fala (personificação ou prosopopeia).

A proposta destes contos é manter o fio que liga o jovem ao universo do fantástico, do maravilhoso e lúdico que esconde verdades, fatos humanos reais. Cada história do livro vem com uma pequena explicação que são importantes para situar o conto no tempo e outras explicações necessárias. Essa pequena explicação é interessante, pois o jovem ainda não tem muitas informações sobre o mundo, ele ainda está aprendendo sobre as culturas, sobre os povos e sobre literatura.
O objetivo desses contos é criar no leitor sentimentos acerca das condições humanas, ou seja, ele fala de coisas que todos nós sentimos e somos como impaciência, justiça, caridade, responsabilidade, arrogância, tolice, etc. Além disso, os contos e fábulas nos levam à uma reflexão moral e conhecimento sobre o nosso comportamento e o comportamento do próximo.
A diferença para a crônica, é que ela é mais sarcástica, irônica, bem humorada e são apenas histórias urbanas, enquanto a fábula ou o conto, podem se passar no meio rural, já que muitas vezes é comum o diálogo entre animais. Mas os dois estilos literários são curtos e por isso escolhidos pelos seu professor, já que, geralmente alunos mais novos torcem o nariz quando o texto é grande, não é mesmo ???



Bibliografia: PAMPLONA, Rosane. Contos de outrora para os jovens de agora. 1ª ed. São Paulo: Moderna, 2009. Coleção Veredas.

Sobre o blog

Depois de muito tempo dando aula, constantemente eu precisava de material além daqueles que ofereciam nos livros. Sempre recorria à internet para agilizar o processo, já que o tempo (ou a falta dele) sempre me foi pouco. O problema é que na internet eu raramente achava textos ou questões que serviam ao estilo do aluno, além de achar muita coisa repetitiva (como se copia na net, né?!). Por esse e outros motivos, comecei a escrever meus próprios textos, tendo como base outros livros e a própria internet, que é excelente para pesquisas, mas há de saber usar e selecionar bem. 
Sendo assim, abri esse espaço para que alunos, pais, professores, curiosos possam usar, abusar, criticar, sugerir. Para isso, basta usarem os comments, que são abertos a todos, bem democrático. Só peço que haja bom senso. O debate é aberto à todos!
Espero que seja útil.
Ana